quinta-feira, 12 de maio de 2016

Mil coisas pra falar, e um certo desajeito. Tenho vergonha.
Percebo que em 6 anos tudo e nada mudou. Eu mudei e não mudei.
Mudei.
Me percebo menos resolvida, mais cheia de dúvidas... talvez menos feliz?
Tenho mais problemas, mais amigos, mais trabalho, mais dores de cabeça e menos tempo pra fugir disso tudo. É, seis anos, setenta e dois meses, dois mil cento e noventa dias, uma porrada de horas e um mesmo EU - mais velho, mais inseguro.
Dois mil cento e noventa dias da mesma ladainha.
Como resolver? Resolver? E agora ter dúvida é problema?
Aos 15, afundada em dramas que me pareciam fatais, não queria resolver as minhas dúvidas.
Dois mil cento e noventa dias mais velha e eu tenho que aprender com o eu de dois mil cento e noventa dias atrás.
Cadê meu jogo do contente? Eu acho que de tanto procurar alegria em tristeza ele acabou virando uma paranoia.
Eu tenho de ser feliz o tempo todo - penso, e esqueço que ser triste as vezes é saudável. Felicidade é contraste. Felicidade é efêmera. Felicidade é abstrata. E eu quero poder ficar triste um pouco. Poder chorar, poder reclamar, poder botar pra fora essa insatisfação... pra tentar entender de onde ela vem
e pra onde
ela vai.

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